‘‘O futuro tem muitos nomes.
Para os fracos é o inalcançável.
Para os temerosos, o desconhecido.
Para os valentes é a oportunidade.’’ (Victor Hugo)
Por que você acha que, apesar de todas as adversidades que a agricultura enfrenta, ainda estamos vendo o Brasil protagonizar safras recordes e alavancar os números da economia nacional?
Se a resposta que veio em sua mente foi porque estão investindo em tecnologia, você acertou em cheio.
O Brasil tem um papel fundamental na produção mundial de alimentos e abriga muitas indústrias que são líderes em diversos segmentos.
O desenvolvimento, sempre tão exclusivo dos grandes centros urbanos, passou a ter origem dentro do campo.
E foi a emergência de produtos tecnológicos que possibilitou isso.
Com eles o produtor rural consegue ser mais assertivo na tomada das suas decisões e dar os primeiros passos rumo a diminuição dos custos.
Em resumo, a atividade mais sujeita a interferência de riscos está tornando-se mais segura, mais precisa e o mais importante: sustentável.
Na Agricultura 4.0 uma das áreas que vem conquistando grande destaque é a Tecnologia Exponencial.
Nesse campo, destacam-se três elementos que trarão grandes avanços tecnológicos para a agricultura nos próximos anos: a Nanotecnologia, a Biotecnologia e a Tecnologia da Informação.
Vamos conhecer um pouco mais sobre elas e entender como se incorporam ao sistema de produção agrícola que temos hoje?
Vamos pensar através de um exemplo bem prático.
Imagine que você tenha ganhado 100 mil reais e opte por investir esse dinheiro. Depois de um tempo você descobre que tem 112 mil reais.
Você acredita que o rendimento do próximo mês será em cima dos 110 ou dos 112 mil?
Dos 112, é claro.
A isso atribuímos o nome de equação exponencial e a mesma regra se aplica para as tecnologias que são criadas.
Elas sempre partem da última para conceber novas e isso permite a formação de um composto tecnológico cada vez melhor e mais aperfeiçoado.
Nos últimos anos, o agronegócio tem se apresentado como um excelente campo para o desenvolvimento dessas tecnologias exponenciais.
Os motivos que levaram a esta incorporação nós já conhecemos: aumento da demanda por alimentos atrelado ao aumento da população; necessidade de produzir mais com menos; otimizar tempo e recursos e por aí vai.
Não é mais permitido que o produtor perca tempo pensando em problemas que podem estar a um clique de serem resolvidos.
E quando falamos em soluções digitais para a agricultura recebe destaque os três conceitos que explicaremos a seguir.
Comparada com as demais, a Tecnologia da Informação (TI) é a que está mais no dia-a-dia do homem do campo, especificamente nas máquinas e nos implementos agrícolas.
Com algumas ferramentas acopladas nessas máquinas, as informações são coletadas e armazenadas em grandes bancos de dados e adquirem um potencial de análise muito maior.
Lembre-se dos primeiros aparelhos GPS que nos davam uma dimensão ampla da nossa área em hectares. Agora, pense nesses aparelhos muito melhores e mais completos.
Números, antes imprecisos, agora são exatos e acarretam em ganhos para o produtor.
A TI é responsável por automatizar, coletar, transmitir, armazenar e processar o que está na terra.
Nesse sentido, há um maior aproveitamento dos recursos no momento em que as atividades realizadas de forma precisa viraram aliadas do homem do campo.
É um verdadeiro exemplo de como a barreira da digitalização pode ser superada no campo.
Pessoas do setor observam que algum tempo já acontece uma busca frenética por esses novos equipamentos e que o mercado está aberto e que há um aumento da demanda dessas soluções.
Basta olharmos para os números finais dos principais eventos do agronegócio nos últimos anos.
Existem fortes indícios de que o Brasil caminha para tornar-se um líder das transformações da Tecnologia da Informação para a agricultura digital.
E por isso mesmo, o produtor está ciente que já não é mais uma opção de escolha, mas sim uma necessidade ter essas tecnologias em mãos para continuar a produzir.
Menos popularizada que a primeira, mais dependente da ciência do que as outras, porém com todo seu potencial já garantido. Assim começamos a definir a biotecnologia.
Ainda existe uma necessidade muito grande de investimentos científicos sobre essa tecnologia, o que acaba nos deixando um pouco atrás de países melhores posicionados e que investem muito em pesquisa e desenvolvimento.
Com passos lentos, porém promissores, ela foi incorporada a agricultura e hoje tem contribuído muito na melhoria da qualidade das plantas e no aumento da produtividade agrícola, com um viés mais sustentável e de conservação ambiental.
Também é possível ver a sua participação quando são produzidos alimentos mais nutritivos e resistentes às adversidades climáticas e aos ataques de pragas e plantas daninhas.
Exponencialmente falando, os materiais transgênicos são um grande exemplo de como a Biotecnologia vem usando utilizada na agricultura.
Como o próprio conceito indica, na medida em que organismos vivos estão sendo geneticamente modificados, diversas estruturas genéticas vão sendo combinadas e com isso surgem espécies mais resistentes e, consequentemente, mais produtivas.
O numero de aplicações químicas são diminuídas e o produtor fica menos dependente de defensivos e dos gastos exorbitantes com eles.
É a resposta da ciência diante dos problemas que acontecem com as plantas, muito falados nos nossos textos.
Ganhos econômicos também acompanham a caracterização desta tecnologia que, de uma forma mais indireta, garante a continuidade do Brasil como segundo maior produtor de grãos.
Embora hoje possa ser entendida como uma tecnologia da modernidade, fica evidente os benefícios que a produção agrícola pode ter quando abraçar a causa por completa.
É nessa área do conhecimento que estruturas extremamente pequenas, mas com uma gama muito grande de oportunidades, são estudadas.
Estamos falando de átomos e de moléculas, componentes dados como inatingíveis há pouco tempo atrás.
O objetivo é mexer nas estruturas das moléculas e a partir disso elaborar outras estruturas melhores e mais estáveis, o que explica o trabalho ser feito em nanoescala.
A Nanotecnologia já está presente em muito mais coisas do nosso cotidiano que possamos imaginar.
Basta olharmos para o smartphone que temos em mãos e então entenderemos o poder exponencial dessa tecnologia.
Se você usa óculos ou está lendo esse texto pela tela do computador, saiba que a nanotecnologia está atuando nesses itens por meio de propriedades como a impermeabilidade, o antirreflexo, a resistência a raios ultra violetas e mais.
Na agricultura, a principal transformação ainda está no futuro e ficará a critério dos insumos, que serão tecnologicamente mais eficientes, econômicos e ambientalmente melhores.
Sensores de alto desempenho, quando colocados ao chão, serão capazes de fornecer inúmeras possibilidades de análise e tomadas de decisão.
Intangíveis ou não, o surgimento dessas tecnologias já fizeram com que o desafio fosse colocado diante de empresas e pesquisadores agrícolas: como se aventurar no mundo exponencial e trazer mudanças cada vez mais profundas ao setor produtivo?
Fontes: Revista A Granja (Tecnologias exponenciais); Blog AgroPro (Biotecnologina na Agricultura); Conselho de Informações sobre Biotecnologia (Como a biotecnologia pode ser aplicada à agricultura?); Revista de Política Agrícola (Biotecnologia na agricultura: qual caminho o Brasil deve seguir?); Rádio EBC (Entenda como a nanotecnologia pode ser aplicada a agricultura) e Canal Tech (O que é nanotecnologia?).